Conheça a importância da hipnose

A hipnose é uma técnica consagrada em trabalhos psicodinâmicos de terapia e desenvolvimento pessoal.Quando usada adequadamente facilita as mudanças positivas na vida das pessoas.



Toda hipnose é Auto-hipnose. Todos podem aprender usar esse recurso em seu próprio benefício sem depender de qualquer formação acadêmica.


A hipnose não é sono. A pessoa hipnotizada sempre está no controle de todos os seus atos, embora pareça estar "inconsciente" , dormindo profundamente e não lembrando de nada. Na VERDADE

a pessoa hipnotizada lembra de tudo.


HISTÓRICO DA HIPNOSE.


DO ANTIGO EGITO AO SÉCULO XXI.


A hipnose vem sendo usada pelo homem desde a mais remota antigüidade. Povos antigos como os Egípcios, Caldeus, Babilônicos e Gregos já faziam uso dela. Encontramos na Bíblia a primeira descrição de uma indução hipnótica:


" Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; " (Gênesis cap. 2 vers. 21).


Seria isto uma descrição do uso da hipnose em cirurgia?


Alguns papiros descrevem com detalhes o uso da hipnose na medicina do antigo Egito. No passado pensava-se que a hipnose fosse produzida por um poder misterioso, um "dom sobrenatural" reservado somente a poucas pessoas escolhidas... hoje sabemos que a hipnose faz parte do comportamento psicodinâmico normal do homem. Mesmo sendo a hipnose um estado sui generis, não se diferencia dos estados emocionais comuns, como veremos mais adiante.


No século XVIII, o médico austríaco Franz Anton Mesmer, defendeu a tese que a hipnose era produzida por um "fluído universal" (energia) do qual fazia parte todas as coisas do universo, denominando ainda, esse fluido, nos corpos vivos, de "magnetismo animal", devido as suas características de fluxo e refluxo, atração e repulsão, semelhante ao magnetismo mineral (segundo os 27 aforismos por ele publicados em Paris, em 1776).


Como a sua teoria, à respeito da hipnose, não pôde ser confirmada, ele foi destratado e considerado um charlatão.Mesmer estava 200 anos à frente do conhecimento de sua época ao pensar que o universo era composto de uma única energia que se modifica segundo a vibração. Mesmer morreu pobre em 1815, em Weiler sua terra natal.


Em 1842, foi a vez do médico inglês James Braid redefinir e "rebatizar" a hipnose, dando-lhe o nome de hipnotismo, considerando-a um sono artificial produzido pelo cansaço do nervo óptico.


No mesmo século XIX, o grande neurologista francês, Jean-Martin Charcot, considerado o criador da neurologia, pensava que a hipnose fosse um estado patológico, produto da histeria ("doença" que ele havia descrito com luxo de detalhes). Charcot dividia a hipnose em três estados bem diferenciados: letargia, catalepsia e sonambulismo.


Coube a outro médico francês, Henry Bernheim, demonstrar que a hipnose não era um estado patológico, e sim um estado psicodinâmico normal, produzido pela sugestão, e que as pessoas, quando, mais inteligentes e normais, melhor e mais facilmente entram em hipnose profunda. Demonstrou também que os três estados descritos por Charcot, eram produtos da sugestão.


No final do século XIX, outro médico de Viena, Sigmund Freud, após ter feito um estágio com Charcot, na Salpetriere e mais tarde com Bernheim, em Nancy, começou usando a hipnose como procedimento terapêutico. Procurando que as pessoas em estado hipnótico, voltassem a reviver ou lembrar os episódios (traumas) que deram origem aos seus sintomas. E assim conseguia cura-las (hoje poderíamos chamar aquele procedimento de Freud de técnica de "regressão de memória").

Mais tarde, o próprio Freud desenvolveu um novo método de cura, modificando o seu método inicial apoiado na hipnose. Este novo método denominado Psicanálise, baseado na associação de idéias e na interpretação dos sonhos (1900), deixa de lado o uso da hipnose ( veja Milton Kline, "Freud y la Hipnosis".


Editora Paidos ).


Enquanto isto, na Rússia, o grande fisiologista Ivan Petrovich Pavlov, demonstrou por meio do estudo dos reflexos condicionados, que a hipnose é uma forma de resposta do sistema nervoso central, comum ao homem e a os animais. Seu discípulo Bikov, demonstrou também, que todos os órgãos internos respondem ao mecanismo do
condicionamento reflexo ( "El Trabajo de la Corteza Cerebral", Moscou).


Por sua vez K. Platonov, outro discípulo de Pavlov, demonstrou que a palavra, no estado hipnótico, podia modificar as funções de todo o organismo, corrigindo e alterando os reflexos condicionados. Isto tornou possível o controle das funções dos órgãos internos por meio do treinamento reflexo e da hipnose ( " La Palabra como Factor Fisiológico y Terapeutico", Moscou, 1958 ).


Embora Pavlov, erroneamente, chegou também a pensar que a hipnose fosse uma "inibição cortical, semelhante ao sono" (naquela época a fisiologia dos mecanismos cerebrais ainda não era bem conhecida, e muito menos a bioquímica do sistema nervoso). Mesmo assim, a reflexologia pavloviana abriu uma enorme possibilidade de pesquisa sobre os mecanismos neurofisiológicos da hipnose. Demonstrando de modo inquestionável a realidade da resposta hipnótica e o seu valor terapêutico.


A partir da década de 50, médicos e psicólogos americanos, passam a estudar a hipnose mais profundamente, estudando o comportamento das pessoas em hipnose e a atividade elétrica cerebral, chegaram assim a compreender melhor a natureza psico-dinâmica da hipnose. Destacando-se os trabalhos dos doutores:

Clark Hull, Davis & Husban, Le Cron, Bordeaux, Milton V. Kline ("Hipnose e Psicologia Dinâmica", Paidos), Wolberg


("Hipnoanálise", Paidos) e Milton Erickson (Hipnose Clínica e Experimental); este último considerado o criador da chamada "Hipnose Moderna" ou hipnose Ericksoniana, tão difundida hoje em dia.


Hoje sabemos que a hipnose nada tem a ver com o sono. Ela se assemelha mais com o sonhar (atividade REM), com a ensonhação, com a meditação e com os estados alterados de consciência (transe).


A hipnose faz parte da vida psíquica normal do homem, não é patológica nem perigosa. Toda comunicação é hipnose. Toda emoção intensa é hipnose. "A hipnose é um estado emocional intensificado (emoção estabilizadora ou alteradora) , usado por todas as mães desde o nascimento de seus filhos" ( Galina Solovey e Anatol Milechnin). A hipnose é comunicação de idéias, presente em toda comunicação humana.


"Tudo é hipnose, nada é hipnose" diz Richard Bandler e John Grinder ( "Sapos em Príncipes" e "Atravessando". Editora Summus). Toda hipnose é auto-hipnose. Ninguém pode ser hipnotizado contra sua vontade. A pessoa hipnotizada está sempre no comando. O hipnotizador é um mero instrutor que ensina as pessoas a trabalharem seus estados alterados de consciência ( Charles Tart ), seus estados emocionais intensificados ( Galina Solovey) ou seu psicotranse (Eliezer C. Mendes).


AS EMOÇÕES BÁSICAS


As emoções são compreendidas segundo a classificação de Hess, como:


a) Emoção ergotropa ( emoção alteradora), aquela que prepara o indivíduo para a luta ou a fuga; está vinculada as reações do sistema nervoso simpático.


b) Emoção trofotropa (emoção estabilizadora), aquela que prepara o indivíduo para o repouso e a assimilação das energias reparadoras do organismo; está vinculada as reações do sistema nervoso parassimpático.


INDUÇÃO À HIPNOSE


O estado hipnótico pode ser induzido por estimulações fortes: entusiasmo, agitação, dança, etc.;


ou por estimulações suaves e rítmicas: música, relaxamento, meditação, etc..


A hipnose está vinculada ao sistema límbico e ao hipotálamo ( centros cerebrais que regulam as emoções básicas),


interagindo com todas as funções do organismo através do sistema simpático e parassimpático ( como acontece em qualquer emoção), tendo ainda a participação das áreas corticais específicas de cada função seletiva ( Damásio "O Erro de Descartes"; LeDous "O Cérebro Emocional").


Hoje as técnicas modernas da eletroencefalografia computadorizada (mapeamento cerebral), e do TEP (termógrafo de positrons), confirmam a natureza psicodinâmica e neurofisiológica da hipnose, muito diferente do estado de sono que antigamente pensava-se que fosse. A hipnose não é sono. A hipnose se assemelha muito ao estado de sono paradoxal (sonhos), onde estão presentes as ondas cerebrais lentas (ritmo alfa e teta ).


Durante a hipnose existe uma certa sintonia entre os padrões da atividade elétrica cerebral do hipnotizador e os da pessoa hipnotizada (interação inconsciente), isto é mais evidente no chamado processo de captação ou transidentificação (o que favorece muito a indução).


"A Hipnose é a habilidade de entrarmos em contato com a nossa capacidade de otimização e criatividade, vencendo nossos limites. A hipnose é a ciência voltada para a expansão do potencial humano" ( Brian Weiss).


Mesmo que a hipnose tenha sido inicialmente desenvolvida como um método de cura (Mesmer), ela por sí não cura nada. Ela é uma emoção límbica como qualquer emoção do nosso dia-a-dia, sua utilidade na educação e reprogramação do comportamento supera qualquer outro procedimento, porque polariza a atenção de forma seletiva e concentrada, facilitando a programação do subconsciente. Por meio dela podemos desenvolver as habilidades represadas, liberando o potencial do nosso inconsciente.


Todos deveríamos aprender usar esse recursos desde criança. (Veja Relaxamento para Crianças).


A HIPNOSE NO ESPORTE


A hipnose é muito útil no treinamento dos atletas, pois melhora o rendimento físico e psicológico, ajudando-os superar os seus limites e conquistarem os recordes tão sonhados. Este recurso vem sendo utilizado em vários países do primeiro mundo, como já temos visto veiculado na mídia.


Agora, para felicidade da hipnologia no Brasil, encontramos pessoas interessadas em levar esse recurso para o recinto acadêmico, com essa finalidade a Profa. Dra. Maria Regina Brandão, do Curso de Pós Graduação de Psicologia Esportiva, da UNIFMU, trousse o psicólogo cubano Hiran Mario Valdes Casal, para ministrar  em São
Paulo o Primeiro Curso de Hipnose no Esporte. Valdes Casal participou do treinamento dos atletas Olímpicos de Cuba. Atualmente ele da aulas na Universidade Federal de Brasilia.


ALTERAÇÕES DAS PERCEPÇÕES NA HIPNOSE


Por meio da hipnose podemos alterar as percepções, induzindo ilusões e alucinações positivas (ver, sentir ou ouvir o que não existe) ou alucinações negativas (deixar de ver, sentir ou ouvir o que existe) mesmo que a pessoa mantenha seus olhos abertos durante o transe hipnótico.


O TEP ( Termo-Emissor de Positrons) aparelho que registra as áreas de funcionamento do cérebro,confirma que durante a hipnose o cérebro atua de uma forma seletiva frente às induções hipnóticas.

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